ANÁLISE FENOMENOLÓGICA DA BANALIZAÇÃO DA MORTE EM MEIO A PANDEMIA DA COVID-19: A NECESSIDADE DE FUGIR DA REALIDADE E SUAS CONSEQUÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v10.e3.a2022.pp1480-1488Resumo
Este trabalho é uma análise fenomenológica da banalização da morte por parte de uma parcela da população brasileira, evidenciando que a primeira pessoa pública a banalizar a morte foi o Presidente da República que deveria servir de exemplo, desvelando, ainda, que os comportamentos que desrespeitam a vida não são apenas por questões existenciais, mas também emergem de um conflito ético-moral. Tal pesquisa é de natureza qualitativa, exploratória e enquanto procedimentos técnicos tem-se enquanto fonte primária a observação da realidade e enquanto fonte secundária, a pesquisa bibliográfica. Podendo ser possível concluir, quais são as consequências do sistema neoliberal diante de um cenário pandêmico, o que o negacionismo, vigente na atualidade, desencadeou nas relações e principalmente, no controle da pandemia. Assim, este trabalho torna evidente que a contemporaneidade é marcada pelo desejo de anular a dor, o sintoma, e a angústia para que o sujeito possa produzir e alimentar o sistema econômico no qual está inserido, a todo custo, inclusive, a partir do uso de ansiolíticos e antidepressivos, sendo, portanto, uma das consequências de viver em uma sociedade reprimida.