OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL NA RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v11.e1.a2023.pp1768-1771Resumo
A resistência bacteriana é um grave problema de saúde mundial, que se agravou durante a pandemia devido ao uso excessivo de antibióticos, por vezes sem orientação médica na tentativa de tratar sintomas virais. Dessa forma, evidenciando o aprofundamento da resistência bacteriana, não só no país durante a pandemia, mas também depois dela. O presente estudo tem como objetivo analisar e destacar a influência que a pandemia do coronavírus exerceu sobre o aumento da resistência bacteriana. Trata-se de uma revisão bibliográfica com base em artigos publicados entre os anos de 2017 e 2022 nas plataformas National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed), Research Society and Development e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Assim, a ausência do conhecimento científico acerca do novo coronavírus, produziram incertezas sobre as melhores estratégias a serem adotadas durante a pandemia. Neste cenário, o uso de antibióticos no protocolo da COVID, aprofunda não só a resistência bacteriana, mas também o quadro clínico de pacientes graves, visto sua relação com o aumento da multirresistência de 45% e o desenvolvimento de cepas resistentes causadoras de infecções secundárias. Sendo amoxicilina, azitromicina e hidroxicloroquina, exemplos de antibióticos de grande destaque utilizados por pacientes acometidos pela COVID-19. Portanto, é evidente que o uso indiscriminado de antibióticos neste período agravou a resistência, sobretudo, devido à ausência de um protocolo de combate apropriado, o que ocasiona um quadro extremamente propicio tanto para o desenvolvimento de superbactérias quanto para o desenvolvimento de futuras pandemias bacterianas.