PERFIL DA MORBIMORTALIDADE POR SÍNDROME NEFRÍTICA NO BRASIL DE 2018 A 2022
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e1.a2024.pp3923-3928Resumo
A síndrome nefrítica, quando presente, indica a ocorrência de uma glomerulonefrite. O manejo inadequado dessa síndrome pode levar à insuficiência renal aguda e a doença renal crônica, que são importantes causas de morbimortalidade. Este estudo tem por objetivo descrever o perfil epidemiológico da síndrome nefrítica no Brasil entre os anos de 2018 e 2022. Trata-se de um estudo retrospectivo, ecológico e quantitativo, no qual foram analisados o número de internamentos e as seguintes variáveis associadas como: sexo, faixa etária, cor/raça, custo total dos internamentos, dias de permanência no leito e a mortalidade por síndrome nefrítica no Brasil no período de 2018 a 2022. Os dados foram coletados do Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS por meio da plataforma TABNET e, analisados por meio do software Microsoft Excel®. A síndrome nefrítica foi mais incidente na região Norte e Nordeste do país. A incidência foi maior entre homens e a letalidade foi maior entre as mulheres, porém não houve associação estatisticamente significativa entre óbitos e sexo. A incidência foi maior entre os pardos, porém 1/3 dos internamentos não tiveram a cor/raça do indivíduo informada. Os indígenas tiveram menor custo por internamento; cor/raça preta tiveram o maior custo. A região Sudeste apresentou maior número absoluto de óbitos. Os indivíduos mais velhos tiveram pior prognóstico, apesar de uma menor incidência. A prevalência por habitantes e a taxa de óbito ficaram limitada apenas ao total de internamentos e ao total por sexo; futuras análises devem considerar também a população total segundo cor/raça e faixa etária.