DESIGUALDADES SOCIAIS NO CONSUMO DE VITAMINA E: ESTUDO BRAZUCA NATAL
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e3.a2024.pp4220-4230Palavras-chave:
Vitamina E, Consumo alimentar, Fatores socioeconômicosResumo
A posição socioeconômica dos indivíduos exerce influência nas suas condições de vida e saúde, incluindo a qualidade da alimentação. Diante disso, o objetivo do estudo foi comparar o consumo de vitamina E em adultos e idosos, segundo características socioeconômicas, e identificar as principais fontes alimentares do micronutriente. Trata-se de um estudo transversal, realizado em Natal, Rio Grande do Norte, com população acima de 20 anos, de ambos os sexos. Foram avaliadas condições socioeconômicas e demográficas (sexo, idade, cor/raça, escolaridade, renda per capita e distrito sanitário de moradia) e consumo alimentar de vitamina E. A média de idade dos 399 indivíduos do estudo foi de 55 anos, em que 95,7% apresentou baixo consumo de vitamina E. A ingestão de vitamina E foi mais baixa nos indivíduos acima de 40 anos de idade (p<0,001), nas mulheres (p<0,001), naqueles com renda per capita menor que um salário mínimo (p<0,001) e naqueles com menor escolaridade (p <0,001). Dentre os 20 alimentos que mais contribuíram para o total de vitamina E da dieta, o óleo de soja (11,91%) forneceu o maior teor de vitamina E ingerida, seguido da polpa de açaí (8,18%) e carne vermelha (7,94%), além de uma contribuição relevante proveniente de alimentos ultraprocessados. Esse estudo observou um baixo consumo de vitamina E na população estudada, principalmente, nas classes sociais menos favorecidas, o que fomenta o desenvolvimento e aprimoramento de políticas públicas de promoção da alimentação adequada e saudável, e que garantam o acesso a alimentos de boa qualidade nutricional.