INTERFACE ENTRE O TRABALHO EM ENFERMAGEM INTENSIVISTA E A SEGURANÇA DO PACIENTE: O TRABALHO EM ENFERMAGEM INTENSIVISTA E A SEGURANÇA DO PACIENTE
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e4.a2024.pp4821-4830Palavras-chave:
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA, ENFERMAGEM, SAÚDE OCUPACIONALResumo
Objetivo: investigar a interface entre o trabalho em enfermagem intensiva e a segurança do paciente. Método: estudo qualitativo e exploratório, que incluiu 9 enfermeiros intensivistas de um hospital privado da capital baiana. Foram considerados como critérios de inclusão: atuar em unidade de terapia intensiva geral, tempo mínimo de seis meses de contrato de trabalho e ter contato direto com o paciente crítico. A técnica de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada, realizada após aprovação do comitê de ética. O material obtido foi sistematizado utilizando análise de conteúdo de Bardin. Resultados e discussão: na fase exploratória, a partir da síntese vertical e horizontal emergiram duas categorias analíticas: 1) Dimensões do trabalho em Unidade de Terapia Intensiva e a relação com a segurança do paciente; 2) Sobrecarga e centralização de atividades: reflexos para segurança do paciente e para saúde do trabalhador. Os conteúdos discursivos dos enfermeiros da terapia intensiva relativos à segurança do paciente revelaram concepções em torno do processo de trabalho, trazendo elementos como comunicação, sincronia de grupo e motivação profissional como dimensões associadas à segurança do paciente. No entanto, também foi percebido ancoragem desses discursos às questões organizacionais de trabalho, que englobam condições mais amplas, trazendo o reconhecimento do trabalho como fator promotor de ambiente seguro. Conclusões: o estudo aponta para necessidade de investimento em estrutura organizacional e capital humano como interfaces imbricadas para alcance da segurança do paciente e diminuição do sofrimento pelo trabalho.