PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MULHERES QUE MORRERAM POR CAUSAS MATERNAS NO BRASIL: REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e4.a2024.pp4735-4748

Palavras-chave:

Mortalidade materna, perfil epidemiológico, revisão sistemática

Resumo

Introdução: A mortalidade materna no Brasil representa um desafio significativo para a saúde pública, evidenciando disparidades socioeconômicas e regionais. Apesar dos esforços para reduzi-la, o país ainda enfrenta taxas elevadas, refletindo a necessidade de melhorias contínuas em serviços de saúde materna e estratégias de prevenção. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico das mulheres que morreram por causas maternas no Brasil. Métodos: Revisão sistemática de estudos selecionados nas bases: Medline, Scielo e Lilacs. A busca foi guiada pelos descritores: “Maternal mortality” OR “Maternal death” AND “Health profile” AND “Brazil”, encontrando 89 artigos. A seleção seguiu critérios de inclusão e exclusão, resultando em treze artigos. Resultados: As maiores Razões de Mortalidade Materna (valores mínimos e máximos, por 100 mil nascidos vivos) foram observadas entre mulheres pretas (158,1-213), 40 a 49 anos (60,5-209,6), baixa escolaridade (37,8-384,1), solteiras (69,5) e viúvas (333,9), por distúrbios hipertensivos (12,5-20,6). Maior porcentagem de óbitos foi identificado entre mulheres pardas (42,7-74%), de 20 a 29 anos (36,3-48,2%), com 4 a 11 anos de estudo (15,8-66,1%), solteiras (45,1-71,8%), assistidas em maternidade (30,4-100%) / hospital (87,1-94,1%), por distúrbios hipertensivos (15-74,1%). Conclusão: Os achados apontam para existência de grupos de risco para mortalidade materna no Brasil.

Biografia do Autor

Ranna Carinny Gonçalves Ferreira, Instituto Aggeu Magalhães (IAM), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Mestre em Saúde Pública pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz). Enfermeira graduada pela Universidade de Pernambuco (UPE). Possui especialização em Saúde da Família e Auditoria dos Sistemas de Saúde. Além disso, completou a residência em Saúde Coletiva na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).

Rafael da Silveira Moreira, Instituto Aggeu Magalhães

Doutorado em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Brasil(2009)
Pesquisador Titular do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães - Fundação Oswaldo Cruz , Brasil

Julyana Viegas Campos, Universidade Federal de Pernambuco

Enfermeira graduada pela Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico de Vitória (2011). Especialista em Saúde Pública pela FAINTVISA (Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão), Mestre em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-graduação Integrado em Saúde Coletiva - PPGISC (2014) da Universidade Federal de Pernambuco e Doutora em Saúde Pública pelo Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães - FIOCRUZ/PE (2022), onde desenvolveu a tese na área de Políticas Públicas de Saúde com ênfase na análise da Rede Cegonha no Brasil. 

Raiany Rodrigues de Oliveira, Universidade Federal de Pernambuco

Médica pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Bolsista de iniciação científica CNPq 2020-2021, com o projeto "Análise de classes latentes: um novo olhar sobre a violência institucional na assistência obstétrica em Pernambuco" .

Sarah Cavalcanti Guedes, Universidade Federal de Pernambuco

Médica formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Downloads

Publicado

2025-03-09

Como Citar

Carinny Gonçalves Ferreira, R., da Silveira Moreira, R., Viegas Campos, J., Rodrigues de Oliveira, R., & Cavalcanti Guedes, S. (2025). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MULHERES QUE MORRERAM POR CAUSAS MATERNAS NO BRASIL: REVISÃO SISTEMÁTICA. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 12(4), 4735–4748. https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e4.a2024.pp4735-4748

Edição

Seção

Artigos