PREVALÊNCIA DE Klebsiella pneumoniae RESISTENTE AOS CARBAPENÊMICOS EM AMOSTRAS HOSPITALARES
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e4.a2024.pp4901-4912Palavras-chave:
Klebsiella pneumoniae, Resistência Microbiana a Antibióticos, Infecção HospitalarResumo
Klebsiella pneumoniae é comumente associada às Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) devido ao seu potencial de resistência aos agentes antimicrobianos e a gravidade dos quadros de infecções à que estão relacionadas. Em ambientes hospitalares, a presença de linhagens de K. pneumoniae resistentes aos carbapenêmicos causa grande preocupação mediante o agravo das condições de saúde dos pacientes infectados e a redução das opções terapêuticas. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo analisar a prevalência de linhagens de K. pneumoniae resistentes aos carbapenêmicos em amostras clínicas isoladas de pacientes hospitalizados, bem como avaliar a prevalência por sexo, idade, amostra biológica e setor do hospital. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo que utilizou dados de um laboratório de análises clínicas de um hospital de ensino em Minas Gerais, durante o ano de 2023. Das 111 linhagens positivas para K. pneumoniae, 62 foram resistentes aos carbapenêmicos (55,86%). A maior prevalência de linhagens resistentes foi encontrada nas amostras de aspirado traqueal (41,9%) e a resistência por produção de serino-betalactamases foi a mais recorrente entre as amostras. As amostras provenientes de pacientes internados na unidade de terapia intensiva foram responsáveis por 62% das linhagens com produção de serino-betalactamase. Os pacientes do sexo masculino e com idades acima de 51 anos foram os mais acometidos por linhagens resistentes. Os dados encontrados exemplificam a preocupação com o aumento da resistência de K. pneumoniae associada a IRAS e a importância da correta identificação dos microrganismos visando o tratamento adequado.