PERFIL DE IDOSOS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ENCAMINHADOS AOS CUIDADOS PALIATIVOS: O IMPACTO DA FRAGILIDADE
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2422Palavras-chave:
Idoso; Insuficiência Cardíaca; Cuidado Paliativo.Resumo
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam mais de 60% das mortes em todo mundo. Entre tais doenças, a insuficiência cardíca (IC) está entre as maiores causas de morbimortalidade em idosos. Além disso, existe uma via bidirecional entre fragilidade, que é caracterizada pela redução das reservas fisiológicas e que limita a capacidade de reagir a agente estressores, e IC. Foi objetivo avaliar o perfil dos pacientes idosos com IC encaminhados aos cuidados paliativos. Foram analisados 54 prontuários de idosos do Dante Pazzanse de Cardiologia. Para avaliar a funcionalidade foi aplicada Palliative Performance Scale (PPS) e Katz; A fragilidade foi determinada pela escala FRAIL e a taxa de sobrevida foi determinada pelo índice de comorbidades de Charlson. O perfil do paciente com IC que foi encaminhado aos cuidados paliativos neste estudo, foi composta em sua maioria de mulheres (61%), com idade média de 85,7±7 anos, polimedicadas (92%), que necessitaram de hospitalizações por descompensação de IC pelo menos uma vez no último ano (57,4%), com moderado a alto grau de dependência para atividades básicas da vida diária (55,5%), multicomórbidas (85% com pelo menos 5 doenças pelo índice de comorbidade de Charlson), marcadamente frágeis (94,4%) e com elevada taxa de mortalidade (20,3%). A síndrome da fragilidade está associada a alta morbimortalidade em pacientes com IC, o que frequentemente limita a indicação de terapias avançadas em seu tratamento, inferindo a importância dessa condição no mau prognóstico da IC avançada.