PAINEL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE AIDS ENTRE OS ANOS DE 2013 A 2022 NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2469Palavras-chave:
AIDS, Nordeste, Painel EpidemiológicoResumo
O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) pertence à família Retroviridae e possui RNA como material genético. Após entrar em células do sistema imune, como linfócitos T CD4+ ou macrófagos, o RNA viral é convertido em DNA pela enzima transcriptase reversa, integrando-se ao genoma da célula hospedeira. Sua transmissão ocorre principalmente por contato com fluidos corporais contaminados. O HIV compromete progressivamente o sistema imunológico, levando ao desenvolvimento da AIDS. O presente estudo objetiva analisar o perfil epidemiológico da AIDS na região Nordeste do Brasil entre 2013 e 2022. Para isso, de modo transversal, os dados foram extraídos do DATASUS/SINAN e IBGE. Analisou-se variáveis demográficas como sexo, idade, raça/cor e escolaridade. As taxas de prevalência, morbidade, mortalidade e letalidade foram calculadas com base em dados do SIM e Cidades@. Além disso, a análise estatística utilizou testes de Shapiro-Wilk, t de Student, Kruskal-Wallis com pós-teste de Dunn, e qui-quadrado de Pearson, com significância de p<0,05. No período estudado, foram notificados 88.319 casos de AIDS no Nordeste. O ano de 2018 registrou o maior número de casos. A maioria ocorreu em homens (68,5%), em indivíduos pardos (43,2%), com ensino fundamental incompleto (37%) e entre 20 e 34 anos (40%). A Bahia foi o estado com maior número de casos e óbitos. A faixa etária de 20 a 49 anos concentrou mais de 78% dos casos, evidenciando o impacto entre adultos jovens. Portanto, os dados revelam a persistência da epidemia de AIDS no Nordeste, com maior incidência em homens jovens, pardos e com baixa escolaridade. As informações obtidas são essenciais para subsidiar políticas públicas e ações de prevenção e controle da doença, considerando as especificidades regionais.