ASSOCIAÇÃO DA COVID-19 E OUTROS FATORES EPIDEMIOLÓGICOS COM MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS NA PARAÍBA
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2515Palavras-chave:
Epidemiologia, Anomalias, Saúde da criançaResumo
As anomalias congênitas são distúrbios de desenvolvimento de origem embrionária presentes ao nascimento, com alto índice de morbidade, e representam uma das principais causas de mortalidade infantil. A sua etiologia associa-se a fatores ambientais como físicos, químicos, biológicos ou genéticos. Diante do exposto, este trabalho objetiva verificar a prevalência e fatores associados de crianças nascidas vivas portadoras de malformações congênitas no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Lauro Wanderley- PB. Trata-se de uma pesquisa transversal/observacional realizada durante os anos de 2022 e 2023, após aprovação do comitê de ética, cujos dados foram obtidos através de questionário ou retirados do prontuário. Das 136 pacientes, 68 (50%) mulheres apresentavam bebês com alguma malformação congênita e 68 (50%), grupo controle, não apresentavam nenhuma malformação. Parâmetros como peso ao nascer, comprimento do recém-nascido, Apgar, duração da gestação, uso de suplementos, presença de malformações familiares mostraram-se significativos entre os grupos estudados (p<0,05). As malformações relacionadas ao aparelho osteomuscular (62,3%), seguida do sistema nervoso (32,8%) e sistema digestivo (23%) foram mais prevalentes. A investigação da prevalência das principais malformações bem como a análise dos fatores de risco e dos fatores de proteção, possibilita a realização de intervenções no período pré-concepcional e gestacional, assim como condutas no parto, fundamentando políticas públicas de saúde materno-infantil, que contemplem novas práticas assistenciais.