EPIDEMIOLOGIA DA CANDIDEMIA ASSOCIADA À COVID-19

Autores

  • Camila Giovanna Campos de Barros Instituto de Ciências Biológicas (ICB) - Universidade de Pernambuco – (UPE). Rua Arnóbio Mq. 310, Recife, PE, 50100-130 https://orcid.org/0009-0004-6702-9016
  • Maria Luiza Carvalho Neves Instituto de Ciências Biológicas (ICB) - Universidade de Pernambuco – (UPE). Rua Arnóbio Mq. 310, Recife, PE, 50100-130 https://orcid.org/0000-0002-1215-0693
  • Julyana Viegas Campos Cavalcanti Departamento de Enfermagem – Centro Universitário da Vitória de Santo Antão (UNIVISA). Rua Valter de Barros 71 (Cajá), Vitória de Santo Antão, PE https://orcid.org/0000-0001-7663-8893
  • Danilo Ramos Cavalcanti Instituto de Ciências Biológicas (ICB) - Universidade de Pernambuco – (UPE). Rua Arnóbio Mq. 310, Recife, PE, 50100-130 https://orcid.org/0000-0002-5577-2708

DOI:

https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2775

Palavras-chave:

Candida, Fatores de risco, SARS-CoV-2

Resumo

A pandemia de COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2, tem sido associada ao aumento de infecções fúngicas secundárias, especialmente a candidemia, uma infecção grave causada por leveduras do gênero Candida. Essa coinfecção tem despertado crescente preocupação devido à sua elevada taxa de morbimortalidade, principalmente em pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTIs). Este estudo teve como objetivo analisar criticamente a epidemiologia da candidemia associada à COVID-19 (CAC), considerando sua ocorrência, espécies isoladas, fatores de risco e taxas de mortalidade relatadas. Para isso, realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com buscas nas bases LILACS, PubMed e SciELO, utilizando os descritores “Candidemia”, “COVID-19” e “Epidemiologia”. Foram selecionados 20 estudos publicados entre março de 2020 e março de 2023, de diferentes países e com distintas abordagens metodológicas. Os resultados evidenciaram variação expressiva na incidência de CAC (0,23% a 45%), com predomínio de Candida albicans na maioria dos estudos, mas com crescente participação de espécies não-albicans, como C. glabrata e C. parapsilosis. Os principais fatores de risco identificados incluíram diabetes mellitus, hipertensão arterial, ventilação mecânica, uso de cateteres venosos centrais, antibioticoterapia de amplo espectro e comorbidades crônicas. A taxa de mortalidade oscilou entre 0% e 100%, destacando limitações metodológicas, ausência de distinção entre colonização e infecção e início tardio do tratamento antifúngico. Conclui-se que a CAC constitui uma complicação grave e emergente no contexto da pandemia, exigindo vigilância ativa, estratégias preventivas e protocolos clínicos padronizados para diagnóstico e tratamento eficaz.

Biografia do Autor

Camila Giovanna Campos de Barros, Instituto de Ciências Biológicas (ICB) - Universidade de Pernambuco – (UPE). Rua Arnóbio Mq. 310, Recife, PE, 50100-130

Biomédica pela Universidade Federal de Pernambuco; Especialista em Microbiologia Clínica pela Universidade de Pernambuco e Sanitarista pela Universidade de Pernambuco.

Maria Luiza Carvalho Neves, Instituto de Ciências Biológicas (ICB) - Universidade de Pernambuco – (UPE). Rua Arnóbio Mq. 310, Recife, PE, 50100-130

Biomédica pela Universidade Federal de Pernambuco, Mestre em Biologia de Fungos pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutora em Biotecnologia Industrial pela Rede Nordestina de Biotecnologia (RENORBIO).

Julyana Viegas Campos Cavalcanti, Departamento de Enfermagem – Centro Universitário da Vitória de Santo Antão (UNIVISA). Rua Valter de Barros 71 (Cajá), Vitória de Santo Antão, PE

Enfermeira pela Universidade Federal de Pernambuco, Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutora em Saúde Pública pelo Instituto Aggeu Magalhães – FIOCRUZ/PE.

Danilo Ramos Cavalcanti, Instituto de Ciências Biológicas (ICB) - Universidade de Pernambuco – (UPE). Rua Arnóbio Mq. 310, Recife, PE, 50100-130

Licenciado em Biologia pela Universidade Federal de Pernambuco, Mestre em Biociências e Biotecnologia pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutor em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco.

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Publicado

2025-10-27

Como Citar

Barros, C. G. C. de, Neves, M. L. C., Cavalcanti, J. V. C., & Cavalcanti, D. R. (2025). EPIDEMIOLOGIA DA CANDIDEMIA ASSOCIADA À COVID-19. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 13(3), 5745–5755. https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2775

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