POR QUE PSICOLOGIA NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL?

Autores

  • Orlando Júnior Viana Macêdo Faculdade Santa Maria - FSM; Faculdade Alto Oeste Potiguar – FACEP

DOI:

https://doi.org/10.16891/169

Resumo

Introdução: O presente trabalho consiste em um recorte de uma tese de doutorado que partiu da seguinte questão-problema: a Psicologia tem conseguido trabalhar nas Políticas da Assistência Social (PAS) de forma a efetivar direitos das crianças e dos adolescentes? Ou esta atuação tem se caracterizado como uma ferramenta a mais para o controle social dos pobres? Buscou-se suporte teórico na perspectiva crítico-dialética e na Psicologia Histórico-Cultural de Vigotski. Objetivos: O estudo em questão objetivou analisar a atuação dos profissionais de Psicologia nas PAS na garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. Metodologia: Recorreu-se à entrevista semiestruturada realizadas individualmente com onze profissionais de Psicologia que atuavam no Cariri cearense. As entrevistas foram analisadas por meio do software ALCESTE. Resultados e discussão: Os dados empíricos revelaram que: em sua atuação os profissionais se deparam com vários aspectos das PAS que limitam sua atuação profissional; a formação que tiveram acesso, tanto no meio acadêmico, quanto nas capacitações pouco contribuíram para atuação; concebem a infância e adolescência a partir de perspectivas naturalizante e universalista. Conclusões: Considera-se que as condições de trabalho, associadas às limitações da própria PAS, da formação acadêmica e das capacitações que os profissionais de Psicologia tiveram acesso são aspectos que fazem com que a Psicologia atue mais numa perspectiva de controle social das crianças e dos adolescentes do que numa perspectiva de efetivação dos direitos sociais, deixando de fazer sentido a presença da Psicologia na Assistência Social. O que demanda mudanças urgentes na formação acadêmica e na própria política em questão.

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Publicado

2015-03-02

Como Citar

Macêdo, O. J. V. (2015). POR QUE PSICOLOGIA NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL?. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 2(6). https://doi.org/10.16891/169

Edição

Seção

Humanas