BARREIRAS PERCEBIDAS À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA POR ADOLESCENTES ESCOLARES: UMA ANÁLISE DE REDES
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v11.e2.a2023.pp1783-1798Resumo
Objetivou-se analisar barreiras percebidas para à prática de atividade física em adolescentes escolares. Trata-se de estudo transversal, descritivo e analítico, realizado com 300 escolares de 15 a 17 anos, da rede pública estadual, na cidade de Jardim-CE, em 2020, selecionados por amostragem probabilista, estratificada. Os instrumentos utilizados foram: questionário estruturado sobre as características sócio-demográficas e clínicas; instrumento proposto por Martins & Petroski para identificar as barreiras percebidas e questionário IPAQ versão curta para analisar nível de atividade física. Os dados foram submetidos à análise de rede referente à teoria da complexidade medida pelos indicadores: intermediação, proximidade e centralidade de força. A análise de rede constatou que as variáveis que apresentaram maior possibilidade de mudança de rede foram: “não encontro lugares perto de casa com a atividade física que eu gosto”; “tenho muitas tarefas para fazer por isso é difícil fazer atividade física” e “difícil fazer atividade física porque em casa ninguém faz”. Após uma possível intervenção, as variáveis que apresentaram alterações mais rapidamente, foram: a percepção de saúde e as seguintes barreiras: “não encontro lugares perto de casa com a atividade física que eu gosto”; “dificuldade de fazer atividade física porque não conhece lugares perto de casa onde possa ir” e “tenho preguiça de fazer atividade física”. Conclui-se que a identificação das barreiras percebidas para prática de atividade física em adolescentes escolares é um processo complexo e que os aspectos de localidade de equipamento, companhia para realização da pratica e preguiça do adolescente são evidenciados em maior proporção.