AS RELAÇÕES DE SABER E PODER NAS INSTITUIÇÕES TOTAIS
DOI:
https://doi.org/10.16891/161Resumo
Introdução: Em sua maioria as instituições totais apresentam a tendência de depositário de pessoas e de “fechamento” e essa reclusão pode ocorrer tanto em sua forma, com vários muros, barreiras e proteções (para dificultar o alcance ao mundo externo), quanto de forma metafórica, por outorgar a mortificação subjetiva dos indivíduos. Neste contexto, essas instituições caracterizam-se pela delimitação categórica de papéis e de poder entre os sujeitos a que nelas estão enquadrados. Objetivos: Aqui é objetivado salientar as diferenças de posição de saber e poder entre os internados e a equipe dirigente e como são utilizados os mecanismos de controle entre ambas as posições. Método: Nesta revisão bibliográfica qualitativa as discussões são embasadas a partir das obras embrionárias da Microfísica do Poder de M. Focault, e de Manicômios Prisões e Conventos de Goffman. Resultados e discussões: Por conseguinte, é depreendido que os internados são o grupo de pessoas controladas pela instituição e que ao estarem desintegrados com o mundo externo, geralmente são dissipados de sua posição subjetiva. No entanto, a equipe dirigente é composta pelos colaboradores da instituição, que além de deterem o poder maior sobre os internados, estão integrados ao mundo externo. Conclusões: Ainda que alguns internados detenham poder na instituição através de privilégios e ajustamentos secundários, estes sistemas de privilégios não são para todos, e o que é mais provável que ocorra é a subordinação ao controle e poder dos dirigentes.