ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS E MODOS ESQUEMÁTICOS EM INDIVÍDUOS EM TRATAMENTO POR TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e4.a2024.pp4850-4861Palavras-chave:
Abuso de Substâncias Psicoativas, Estratégias de Enfrentamento, Terapia dos EsquemasResumo
A Terapia do Esquema é uma abordagem terapêutica integrativa utilizada com sucesso em várias populações clínicas, incluindo aquelas afetadas por diversos transtornos mentais, como o Transtorno por Uso de Substâncias, com resultados positivos documentados em estudos variados. Nesse contexto, dois conceitos são fundamentais: Esquemas Iniciais Desadaptativos e Modos Esquemáticos. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar os Esquemas Iniciais Desadaptativos e os Modos Esquemáticos de usuários em tratamento por Transtorno por Uso de Substâncias. Do estudo participaram 202 indivíduos, com idades entre 18 e 65 anos, internados para tratamento de uso de substâncias psicoativas. Os instrumentos utilizados incluíram uma ficha de dados sociodemográficos, o Alcohol Smoking And Substance Involvement Screening Test, o Questionário de Esquemas de Young na forma reduzida, e o Inventário de Modos Esquemáticos. Os resultados demonstraram que 38,1% dos indivíduos apresentavam idades acima de 40 anos, em sua maioria homens (94,6%), solteiros (85,6%), da Classe D-E (53%) com Ensino Fundamental (52%). As médias mais significativas de esquemas foram: Padrões Inflexíveis (4,37±0,90), Inibição Emocional (4,24±0,88), Isolamento Social/Alienação (4,14±0,92), Desconfiança/Abuso (4,16±0,94), Abandono/Instabilidade (4,00±1,11), e Privação Emocional (4,04±1,01). Quanto aos Modos Esquemáticos, houve maior predominância dos modos Protetor Desligado (4,70±0,77), Hipercompensador (4,46±0,98), Criança Impulsiva (4,14±0,71), Pais Críticos e Punitivos (4,06±0,76), e Criança Vulnerável (4,02±0,83). Perante estes resultados é possível concluir que identificar Esquemas Iniciais Desadaptativos e Modos Esquemáticos é fundamental para compreender a dinâmica destes construtos e garantir intervenções futuras mais eficazes para o tratamento de indivíduos com Transtorno por Uso de Substâncias.