IMPACTO DA SOBRECARGA DE UM JOGO DE BASQUETE DE ELITE: REDUÇÃO DO RISCO CARDIOMETABÓLICO E AUMENTO DO ESTRESSE OXIDATIVO SEM COMPROMETIMENTO DA FUNÇÃO RENAL
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e4.a2024.pp5008-5021Palavras-chave:
Basquete. Estresse Oxidativo. Estresse Renal. Perfil Metabólico.Resumo
O objetivo deste artigo foi avaliar a sobrecarga de um jogo oficial de basquete de elite de um campeonato brasileiro sobre biomarcadores redox, metabólicos e renais. A amostra foi composta por 10 jogadores de elite do sexo masculino, que foram submetidos, à avaliação antropométrica e ergoespirométrica semanas antes da partida, análise da hidratação e Percepção Subjetiva do Esforço (PSE) imediatamente antes e após o jogo, e avaliação da Frequência Cardíaca (FC), gasto energético, Consumo de Oxigênio (VO2) e outras variáveis hemodinâmicas durante o jogo. Além disso, amostras de urina e sangue foram coletadas antes, imediatamente após e 24 horas após a partida. Os dados foram analisados por análise de variância ANOVA one-way de medidas repetidas, seguida do teste de Bonferroni, enquanto o coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para medir a correlação linear entre as variáveis quantitativas. A significância estatística foi fixada em 5%. Os resultados apontam menores níveis de Creatinina Sérica, aumento dos níveis de 8-isoprostano e TBARS, além de menor índice aterogênico de Castelli I e II; contudo, não ocorreram alterações isoladas nos biomarcadores metabólicos, de defesa antioxidante (SOD, GPx, catalase e tiol) e renais (nGAL e nefrina). Os efeitos de uma partida oficial de basquete melhoraram o risco cardiometabólico dos atletas, sem alterar a atividade enzimática antioxidante e sem causar estresse renal. Ainda, o aumento da peroxidação lipídica observado após o jogo levanta hipóteses sobre os mecanismos adaptativos do exercício e sobrecarga das vias antioxidantes.