PRÁTICAS DE PROJETO PARA REDUZIR A PROLIFERAÇÃO DO AEDES AEGYPTI EM SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e4.a2024.pp4891-4900Palavras-chave:
Instalação sanitária, Epidemiologia, DengueResumo
O mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão do vírus que causa a dengue, Zika, Chikungunya e a febre amarela urbana. O Brasil teve um aumento significativo no número de casos e mortes por dengue no ano de 2024 e parte dos focos de Aedes aegypti se concentram dentro das residências, especialmente em locais com água parada. Algumas equipes de vigilância epidemiológica encontram focos do mosquito em ralos com pouca frequência de uso. Portanto, em que medida os sistemas prediais de esgoto sanitário podem ser projetados para evitar potenciais focos de propagação do mosquito Aedes aegypti? A pesquisa aborda essa problemática por meio da análise do projeto de um edifício residencial localizado em Blumenau (Santa Catarina), município que decretou situação de emergência por dengue em março de 2024. No estudo são analisados potenciais focos de proliferação do mosquito no sistema predial de esgoto sanitário e são propostas boas práticas de projeto voltadas a reduzir o risco de proliferação do Aedes aegypti nos aparelhos sanitários da edificação. Essas boas práticas contemplam a identificação de aparelhos sanitários com menor frequência de uso; adoção de tampa escamoteável em ralos; e concepção de traçados da rede de esgoto que evitem água estagnada nos aparelhos sanitários. Essas medidas não dispensam a necessidade de políticas públicas de vigilância epidemiológica e de sensibilização da população sobre o tema, mas contribuem para que projetos de engenharia estejam melhor articulados com a saúde pública.