ANÁLISE DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL DE 2018 A 2022: FATORES DETERMINANTES E IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e5.a2025.id2272Palavras-chave:
Epidemiologia, Saúde da Mulher, Análise de dados secundáriosResumo
Este estudo investigou as principais causas de mortalidade materna no Brasil entre 2018 e 2022, com foco nos fatores determinantes e nas suas implicações para a saúde pública. Utilizando dados secundários de fontes oficiais, foi realizada uma análise quantitativa para identificar os padrões de mortalidade materna e os fatores de risco associados. As causas diretas, como complicações obstétricas e hemorragias, continuam sendo as mais prevalentes, seguidas por causas indiretas, incluindo doenças preexistentes agravadas pela gravidez. A análise também revelou diferenças significativas entre as regiões do país, com as regiões Norte e Nordeste apresentando taxas mais elevadas de mortalidade materna em comparação com as regiões Sul e Sudeste. Fatores socioeconômicos, como baixa escolaridade e dificuldade de acesso aos serviços de saúde, foram identificados como agravantes importantes. As mulheres mais afetadas são aquelas em situação de vulnerabilidade social, principalmente as não brancas, com menor nível de escolaridade e sem acesso a cuidados de saúde de qualidade. Apesar de algumas melhorias nas políticas de saúde, os dados mostram a necessidade urgente de ações mais direcionadas e equitativas para reduzir a mortalidade materna no país. A ampliação da cobertura de saúde materna, com foco em prevenção e acesso oportuno aos serviços de emergência, é crucial para reverter esse cenário. O estudo conclui que os esforços para reduzir a mortalidade materna devem ser contínuos e integrados, abordando não apenas as causas diretas, mas também as desigualdades sociais e regionais.