PANORAMA DAS DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS EM ÁREA METROPOLITANA NA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2390Palavras-chave:
Doenças de Notificação Compulsória; Doença Negligenciada; Fatores socioeconômicos.Resumo
As doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) são de causas multifatoriais, incluindo as socioambientais e econômicas determinadas pelo desenvolvimento de uma região, englobando condições de habitação inadequada, insuficiência de água potável, de saneamento, educação e saúde. Esta pesquisa propõe identificar a ocorrência das DTNs de transmissão vetorial como Dengue, Leishmaniose Visceral e Tegumentar, Malária, Doença de Chagas e Esquistossomose, notificadas na Região Metropolitana I de Belém – PA, através de um estudo epidemiológico descritivo, quantitativo, transversal e de base populacional, entre o período de 2017-2022, por meio de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde do Pará (SESPA). Observou-se que de um modo geral houve declínio de notificações das DTNs analisadas no período referente a pandemia da COVID-19. Foram notificados 58.506 de casos de Malária, 214 de Doença de Chagas, 634 de Leishmaniose Visceral, 190 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana, 10.285 de Dengue e 470 de Esquistossomose Mansônica. Ressalta-se que não há informações oficiais de transmissão autóctone de Leishmanioses e Malária na área de estudo. Tais registros provavelmente foram de pacientes que estavam sob tratamento fora de domicílio. Entretanto, deve ser mantida a vigilância sobre o estabelecimento de possíveis focos de transmissão. É importante a compreensão da transmissão e controle destes agravos, em áreas urbanas e periurbanas, com riscos epidemiológicos e ambientais mediante as mudanças climáticas e seus impactos na Amazônia Oriental.