PSICANÁLISE INICIÁTICA: DO REAL DO INCONSCIENTE À CONSCIÊNCIA PURA
FROM THE REAL OF THE UNCONSCIOUS TO PURE CONSCIOUSNESS
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e5.a2025.id2409Palavras-chave:
Psicanálise Iniciática; Saúde mental; Espiritualidade.Resumo
A Psicanálise surgiu com Freud desvelando os imperativos inconscientes das neuroses, identificando o recalque e a libido como características fundamentais do psiquismo. Muitos psicanalistas lhe acompanharam e outros lhe sucederam, ampliando visões e multiplicando perspectivas. Esta pesquisa, de natureza qualitativa, do tipo revisão bibliográfica, tem o objetivo de evidenciar os múltiplos aspectos da Psicanálise na atualidade, para além da sexualidade, com destaque, especialmente, aos aspectos espirituais, subjacentes na Psicanálise, a partir da obra de Jacques Lacan. O estudo evidenciou que, antes de compor sua teoria, Lacan dedicou-se ao estudo do Taoísmo e do Zen Budismo, no Oriente. A influência da filosofia oriental, de caráter eminentemente espiritual, se revela em sua teoria, particularmente no conceito de Real, Simbólico e Imaginário. Partindo do trabalho de Lacan, a Psicanálise Iniciática integra saberes psicanalíticos e espiritualidade em seu arcabouço teórico e manejo clínico. Valendo-se de intervenções como a transferência e a interpretação, mas também a Metáfora e os Koans, o psicanalista iniciático busca propiciar condições para que o indivíduo transcenda as identificações com o Ego, haja vista que tais identificações constituem um aprisionamento ao tempo psicológico, o qual tanto gera fixações ao passado traumático, quanto uma vida de fantasias em relação ao futuro. A desidentificação com o Ego permite estar plenamente no instante, o que amplia a percepção da realidade e promove a integração à Consciência pura.