SERIAL KILLERS: UMA REVISÃO ACERCA DA INFLUÊNCIA GENÉTICA SOBRE O COMPORTAMENTO VIOLENTO
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v10.e2.a2022.pp1316-1320Resumo
Introdução: Desde os primórdios, a violência acompanha a conduta do homem. Nesse sentido, as transgressões cometidas pelos chamados Serial Killers envolvem a existência de crimes hediondos. Assim, há grande interesse em entender como diversos elementos podem influenciar ou predispor os indivíduos à violência e ao crime. Objetivo: Analisar a influência entre o comportamento violento e os fatores genéticos, levando em consideração elementos como hormônios e genes que possuem relação com tal conduta humana. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica com 12 estudos publicados entre 2011 e 2021, nas bases de dados PubMed, BVS, Scielo, NLM Catalog, PubMed, LILACS, e PMC após a combinação dos operadores "Genetics" AND "Crime" AND "Violence". Resultados: Foi analisado que os seguintes fatores têm relações com comportamentos violentos e potencialmente criminosos: baixos níveis de serotonina no cérebro e de 5-HIAA no LCR; polimorfismo 5-HTTLPR do gene SLC6A4 e os codificadores HTR2A e HTR2B. No sistema dopaminérgico, genes que codificam COMT; o DAT1 e os receptores DRD2 e DRD 4; o polimorfismo Val158MET COMT; a baixa atividade do gene MAOA e seu polimorfismo MAOA-uVNTR e outras seis variantes; os genes CDH13 e RBOFOX1 e 4 de seus polimorfismos; transtornos de Bipolaridade e Esquizofrenia e, por último, Síndrome de Klinefelter. Conclusões: Foi possível concluir que, mesmo sob algumas limitações, há uma relevante influência dos quesitos genéticos sobre uma pessoa com violenta e potencialmente criminosa. Ainda que essa relação seja permeada por diversos outros coeficientes, a genética oferece importantes achados para a compreensão da conduta criminosa.