ATIVIDADE DOS EXTRATOS ETANÓLICO E HEXÂNICO DAS FOLHAS DE Eugenia klotzschiana O. BERG CONTRA BIOFILMES DE Candida sp. ISOLADAS DA CAVIDADE BUCAL
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e4.a2024.pp4706-4722Palavras-chave:
Perinha do Cerrado, Fitoquímica, Biofilmes, BioprodutosResumo
Eugenia klotzschiana O. Berg é uma espécie endêmica do Cerrado, ameaçada de extinção e cuja potencialidade terapêutica ainda não está totalmente elucidada. Os poucos estudos descrevem atividades antioxidante, antiparasitária e antimicrobiana de óleos essenciais da planta contra microrganismos. Neste contexto, este pioneiro estudo avaliou a atividade dos extratos hexânico e etanólico das folhas de E. klotzschiana contra leveduras do gênero Candida isoladas da cavidade bucal de indivíduos sadios. O extrato etanólico foi caracterizado quimicamente e os principais compostos foram quantificados por análise de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). A atividade antifúngica dos extratos foi avaliada com ensaios de microdiluição para a determinação da concentração mínima inibitória, da concentração mínima candicida e da concentração mínima da formação de biofilme. Os principais compostos identificados no extrato etanólico foram a catequina, epicatequina e rutina. As leveduras foram identificadas como Candida albicans e Candida krusei, e todas foram capazes de formar biofilme, sendo 4 identificadas como formadoras fortes, 2 como formadoras moderadas e a C. albicans ATCC 10231 como formadora fraca de biofilme. Os extratos apresentaram moderada atividade fungistática e baixa atividade fungicida, dependendo da concentração de cada extrato e da levedura, com inibição do crescimento entre 313 a 1250 μg mL-1. Apesar dos extratos serem moderadamente ativos contra a maioria das leveduras, foram capazes de inibir a formação de biofilme em, ao menos 70% e na concentração de 1250 μg mL-1 reduziram mais de 93% da formação de biofilme da maior formadora, a C. krusei Ck7. Os extratos demonstraram o potencial contra a formação de biofilme de C. albicans e C. krusei. Desta forma, estudos com E. klotzschiana necessitam ser ampliados a fim de que se identifique o potencial para o desenvolvimento de medicamentos.