QUANDO IMAGENS DE OBJETOS ESCOLARES FABULAM UMA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e2.a2025.id2136

Palavras-chave:

cinema, formação, psicologia

Resumo

A formação de psicólogas/os e as práticas voltadas para o âmbito escolar têm como principal referência o modelo clínico-assistencial e individualizante, inspirado na lógica médica de diagnóstico e de tratamento. Como gaguejar a escolarização e a política de recognição que se instalam nesse processo de formação?  Nossa aposta foi a de que ver e fazer cinema na sala de aula, como experiência estética, pode produzir um estado cognitivo especial, num encontro com a vida, acionando gestos atencionais de abertura. Nesse sentido, esta pesquisa analisou dois curta-metragens criados por estudantes de psicologia com o dispositivo “História dos objetos escolares”, cujo objetivo consistia em filmar a relação afetiva de uma pessoa com um objeto escolar. A produção de dados da pesquisa se inspirou na etnocartografia de tela como recurso teórico-metodológico. As histórias de um caderno sério e um relógio dourado conduziram nossos olhares para direções desconhecidas,  embaralhando nossas práticas e fazendo brotar perguntas inquietantes e infantis. O que caderno sério pode nos dizer sobre uma formação universitária? Como um relógio dourado pode nos questionar sobre como conhecemos? Quando olhamos uma imagem somos convidados a sairmos dela e de nós mesmos, nos desnudando de nossos saberes para nos arriscar a pensar o impensável, quiçá uma psicologia-menina que habite a curiosidade e nutra o gosto pelas perguntas.

Biografia do Autor

Marcos Ribeiro de Melo, Universidade Federal de Sergipe

Professor associado da Universidade Federal de Sergipe no Departamento de Psicologia (DPS/UFS) e professor permanente do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Cinema (PPGCINE/UFS). Psicólogo (UFS), mestre em Educação (PPGED/UFS) e doutor em Sociologia (PPGS/UFS). Interessado em estudos e pesquisas que dialoguem com as seguintes temáticas: infâncias, culturas infantis, cinema e educação.

Fabrícia Teixeira Borges, Universidade de Brasília

Professora da Universidade de Brasília no Instituto de Psicologia (IP) e do Programa de Psicologia do Desenvolvimento e Escolar (PGPDE).  em desenvolvido pesquisa no tema de Identidade docente como estética de si, financiada pelo Cnpq e Capes. O interesse principal é em Psicologia do Desenvolvimento Humano, atuando principalmente nos seguintes temas: identidade de professores, experiência estética e arte, constituição de si a partir das diversidades sociais (gênero, ativismos feministas, questões raciais e religiosidades). Os estudos sobre cinema e desenvolvimento, EAD, mídias e cultura audiovisual tem sido também um temas de grande interesse.Lider do grupo de pesquisa DelArtes e membro do GT da Anpepp Psicologia, Arte e Estética.

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Publicado

2025-07-18

Como Citar

Melo, M. R. de, & Borges, F. T. (2025). QUANDO IMAGENS DE OBJETOS ESCOLARES FABULAM UMA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 13(2), 5409–5418. https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e2.a2025.id2136