ENTRE 1500 E 1600, ORALIDADE E ESCRITA, NO BRASIL

Autores

  • Maria do Socorro Gomes Torres

DOI:

https://doi.org/10.16891/621

Resumo

O principal objetivo desta discussão é refletir sobre os primeiros cem anos da história brasileira, com foco em relatos e escritas construídos por mulheres, e compará-los com produções do século XIX. O estudo consiste em revisitar o passado com a finalidade de alcançar às experiências orais e escritas da mulher. Estudo sobre a história que possibilita refletir sobre o continum das representações. Sendo assim, o objeto do conhecimento primeiro é o processo de formação histórica, ou seja, a fonte, a origem, o passado, corpo uno de circunstâncias históricas, sociais e políticas. Neste processo de conhecimento da origem, é preciso considerar fatores como: o contínuo e o descontínuo e nos mesmos identificar vozes historicamente constituídas. Assim, a ideia norteadora é revisitar as experiências e levantar estudos críticos que tratam do objeto dentro do período determinado, em seguida verificar o quanto há de aproximação entre aqueles estudos críticos e os atuais dentro do contexto brasileiro. A reflexão tem em conta perspectivas distintas, estudar as representações sejam coletivas ou individuais das mulheres, no Brasil e, para além disso, entender como tais representações foram acolhidas pela crítica. Consiste ainda, conhecer os temas, a consciência crítica e criadora, a sensibilidade, elementos tão caros aos períodos em estudo. Questões pertinentes que podem ser levantadas em torno dos sentidos aplicados a história. O propósito geral da discussão é mapear possíveis conexões, mediações, variações, contradições e evidências em textos escritos por mulheres entre 1500-1600, e compará-los com escritas subsequentes, enfim analisar o memorial escrito do Brasil, escrito por mulheres. A especificidade temática exige diversidade crítica e teórica, com a finalidade de ampliar o foco da discussão, o que ocorrerá por meio da investigação comparativa, horizonte aberto de possibilidades, caminho seguro no trânsito entre às épocas investigadas. Por fim, estamos diante de uma tarefa hermenêutica de cunho reflexivo acerca da gênese histórica, estamos diante da problemática da história da escrita. Numa extensão maior o alcance é analisar as ‘fontes doadoras’, as ‘visões de essência’, as ‘experiências’. Isso, no entanto, implica no seguinte: a essência (eidos) ao ser doado transforma-se numa nova espécie de objeto com características inerentes ao seu novo ser. No caso, o que é doado da intuição individual ou coletiva original é um objeto individual que tem o significado de ato fundante, assim o que é doado da essência fundante transforma-se numa essência distinta. Isso carrega em si inúmeras dificuldades, uma delas é detectar e diferenciar com exatidão os fatores, as influências, é o que investigaremos. Palavras

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Publicado

2019-01-11

Como Citar

Torres, M. do S. G. (2019). ENTRE 1500 E 1600, ORALIDADE E ESCRITA, NO BRASIL. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 6(17). https://doi.org/10.16891/621

Edição

Seção

Humanas