AMÉRICA LATINA COMO LÓCUS DE TEORIZAÇÃO EM GESTÃO (NA “TEORIA”)
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v10.e3.a2022.pp1547-1553Resumo
Nos inquieta o fato da academia latino-americana consubstanciar seus dados e publicações em administração por um arcabouço teórico importado, apequenando o campo das referências bibliográficas, minimizando a potência de explicação e enclausurando pesquisadores e projetos de pesquisa em um domo de reprodução. Para nós está é à problemática do campo dessa ciência, uma espécie de formula de mediocridade acadêmica, onde a soma do estrangeirismo e do anacronismo teórico é balanceada pela reprodução da lógica produtivista. Dito isso, partimos de uma perspectiva onde a heterogeneidade cultural da América Latina e sua similaridade interna nos aspectos econômicos e sociais, intui que as múltiplas perspectivas endógenas de teorias de gestão são pouco eficientes para explicação da realidade latino-americana. Entendemos que essa posição crítica, e esse olhar heterodoxo sobre a produção acadêmica do Sul global, é uma exigência sistêmica, e é preciso que se ofereça uma perspectiva oposta a mera reprodução, é preciso desfazer o domo. Para isso estruturamos uma discussão logica por meio dessa pensata, dividindo-a em duas seções, uma sobre as Potencialidades e barreiras latino-americanas para a teorização organizacional e de negócios; e outra sobre os fatores que julgamos contribuírem para a ausência de pesquisas e teorias latinas em gestão nos “mainstream journals”.