INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS CLIMÁTICAS NA IPREVALÊNCIA E DISPERSÃO DA DENGUE NO BRASIL: UMA ANÁLISE TEMPORAL E ESPACIAL
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v11.e3.a2023.pp2820-2828Resumo
Este estudo tem como objetivo avaliar a influência das variáveis climáticas na prevalência dos casos dengue no Brasil. Para isto foram coletados dados epidemiológicos, sociodemográficos das capitais de 2013 a 2022 pela plataforma DATASUS. Foram obtidos dados climáticos através do INMET. Avaliou-se as 27 capitais e identificou-se 1.792.841 casos de dengue, sendo que 80% dos casos de dengue concentram-se em Goiânia, Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, Fortaleza, Campo Grande, Rio de Janeiro e Natal. Houve uma prevalência nos anos de 2016, 2019 e 2022 e nos meses de fevereiro a junho demonstrando uma sazonalidade dos casos. Em relação as correlações dos casos e as variáveis climáticas, observou-se uma correlação positiva entre a precipitação e as capitais de Natal (r=0,86; p<0,001) e São Luís (r=0,82; p<0,001). E uma correlação negativa entre a velocidade média do vento e as capitais de Goiânia (r=-0,88; p<0,001), Belo Horizonte (r=-0,87; p<0,001), Brasília (r=-0,83; p=0,01), Fortaleza (r=-0,64; p=0,03), Campo Grande (r=-0,78; p<0,001) e São Luís (r=-0,94; p<0,0001). Houve prevalência dos casos em pessoas com idade entre 20 à 59 anos, ensino médio completo e mulheres. Estes resultados podem colaborar com o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes para gestão dos casos de dengue no Brasil.
PALAVRAS CHAVES: Arboviroses; Clima; Chuva; Vento