EFEITO DOS RECEPTORES DE ESTROGÊNIO SOBRE O METABOLISMO ENERGÉTICO E A ADIPOSIDADE

Resumo

A obesidade resulta do desequilíbrio entre a ingestão de energia da alimentação e o gasto energético. A obesidade e suas comorbidades são distintos entre homens e mulheres. Os mecanismos subjacentes ainda são amplamente desconhecidos, mas pesquisas sugerem que os hormônios ovarianos podem ter um papel significativo nesse processo. Desta forma, o presente trabalho objetivou investigar a influência da expressão dos receptores de estrogênio (ERα, ERβ e GPER) no tecido adiposo em situações de maior susceptibilidade à problemas cardiometabólicos, como na pós-menopausa. Trata-se de uma revisão integrativa em que foram buscadas, selecionadas e analisadas publicações dos últimos cinco anos específicas para o tema. Estudos demonstraram que o estrogênio é protetor para obesidade, pois quando há sua diminuição surgem o aumento de peso, redução de gasto energético, resistência à insulina e maior nível de obesidade. O receptor de estrogênio do tipo alfa exerce sua função mais protetora em modelos animais, sendo que o do tipo beta assume maior papel em baixas concentrações de estrogênio. Já o tipo GPER também pode ser um potencial terapêutico, visto que estimula o gasto energético. Assim, os níveis de estrogênios são inversamente proporcionais à massa adiposa em mulheres pós-menopausa. Ficou claro, ainda, que estes hormônios sexuais desempenham um papel crítico nas diferenças sexuais observadas na inflamação mieloide induzida pela obesidade com disfunção metabólica.