ANÁLISE PARASITOLÓGICA E ISOLAMENTO DE AMEBAS DE VIDA LIVRE DE SALADAS PRONTAS PARA CONSUMO DE RESTAURANTES EM JATAÍ, GOIÁS
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2114Palavras-chave:
Amebas de vida livre, Higienização precária, Doenças transmitidas por água e alimentosResumo
O grande consumo de alimentos processados em restaurantes, como arroz, feijão, verduras e legumes, representa 69,5% da alimentação diária dos brasileiros. Essa alta ingestão de alimentos processados podem carrear Doenças Transmitidas por Água e Alimentos (DTAAs) devido à má higienização dos manipuladores aos alimentos e à contaminação da água por parasitos, tendo como sintomas náuseas, diarreia, vômitos e dores abdominais. Os parasitos intestinais provocam manifestações clínicas que podem variar de assintomáticas ou evoluir para sintomas graves dependendo da carga parasitária, estado imunológico do indivíduo e do parasito em questão. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar saladas in natura comercializadas e consumidas em restaurantes na cidade de Jataí-GO nos anos de 2018 e 2019. Foram adquiridas 122 amostras de saladas com aproximadamente 100 gramas cada, sendo aplicados diferentes métodos parasitológicos convencionais para a detecção de parasitos e para o isolamento das amebas de vida livre (AVL) utilizou-se o sedimento com a semeadura em placa com ágar. A cultura revelou elevada contaminação dos restaurantes por AVL e observou-se que a contaminação em 2019 foi maior do que em 2018. Foram identificados na análise parasitológica os helmintos: Taenia sp., Fasciola sp., Eurytrema sp., Enterobius vermicularis, Toxocara sp., Eimeria sp., Trichuris sp., ovos da família Strongylidae; e os protozoários Entamoeba coli e Cystoisospora sp. A alta taxa de contaminação das saladas indica má higienização dos alimentos, ou má higiene dos manipuladores, retratando a falta de inspeção pela vigilância sanitária em estabelecimentos provedores de comidas prontas.