INSEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: APLICAÇÃO DA EBIA EM MULHERES ADULTAS
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e4.a2024.pp4760-4776Palavras-chave:
Segurança Alimentar, Serviços de saúde, Consumo AlimentarResumo
Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é um direito constitucional que garante o acesso pleno, regular e permanente aos alimentos. Porém, há uma crescente fome no Brasil, perpetuada pelo aumento da pobreza e desigualdades sociais, que afetam principalmente as mulheres. O objetivo foi identificar a prevalência de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) e seus fatores sociais, entre mulheres adultas de 18 a 59 anos, cadastradas em uma unidade de Atenção Básica da cidade de Itaú de Minas – MG. Por meio de um questionário estruturado, foram avaliados os dados socioeconômicos, frequência alimentar e a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) das voluntárias. Foram entrevistas 100 mulheres, destas, 30% estavam em SAN e 70% apresentavam algum grau de insegurança alimentar, sendo 45% nível leve, 19% moderado e 6% grave. Os dados da EBIA se associaram com a presença de menores de 18 anos, condição socioeconômica e com a piora da situação domiciliar após a pandemia (p<0,05). Dados do consumo evidenciaram um bom consumo de feijão, verduras e legumes, inadequado de frutas, alta ingestão de embutidos, carnes vermelhas, doces e bebidas adoçadas. Conclui-se que, por ser multifatorial, a IAN precisa ser analisada a partir de suas várias dimensões e determinantes sociais para sua melhor compreensão.