A ARTE COMO PRODUTORA DO SENTIMENTO DE PERTENÇA NAS COMUNIDADES MARGINALIZADAS
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2772Palavras-chave:
Cultura, Identidade, ResistênciaResumo
A história do Brasil é marcada por processos de exclusão social que atualmente ainda afetam grupos minorizados e os colocam em condição de marginalização e subalternidade. Nesse cenário, a arte se configura como um instrumento de resistência simbólica e política, capaz de ressignificar identidades e fortalecer o sentimento de pertença em comunidades historicamente oprimidas. Este estudo, de caráter qualitativo e fundamentado em revisão narrativa de literatura, analisou produções acadêmicas que compreendem como diferentes expressões artísticas, com ênfase especial na música e no grafite, contribuem para a afirmação cultural. Os resultados evidenciam que essas manifestações atuam como práticas contra-hegemônicas que dão visibilidade às vozes periféricas, rompem silenciamentos e promovem reconhecimento cultural. Além de expressarem vivências locais, essas formas artísticas questionam hierarquias sociais, reafirmam a importância das tradições populares e contribuem para o fortalecimento da autoestima e da mobilização comunitária. Destaca-se também a relevância de políticas públicas culturais, que garantem maior acesso e valorização das expressões artísticas populares. Conclui-se que a arte, ao integrar memória, identidade e ação social, desempenha papel fundamental na construção da cidadania e na luta por equidade, construindo um agente significativo de inclusão e justiça social.