DEPENDÊNCIA QUÍMICA E O CENÁRIO DOS USUÁRIOS DE DROGAS ATENDIDOS NOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E DROGAS: A POLÍTICA DE SAÚDE NA ATENÇÃO INTEGRAL AOS IDOSOS

Abstract

O uso de drogas lícitas e ilícitas, se constitui em enorme desafio para a saúde pública, no entanto, com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, essa realidade também se faz presente em idosos. Investigou-se o uso de drogas lícitas e ilícitas, o tempo de uso, as associações destas drogas com transtornos mentais, e o perfil sociodemográfico dos idosos frequentadores dos Caps-AD, Município do Rio de Janeiro, que nasceram até 31 de dezembro de 1958 e que procuraram atendimento no período de 2001 a dezembro de 2019. Trata-se de um estudo com delineamento descritivo, analítico observacional de temporalidade retrospectiva, baseado em dados secundários. Foi feita inicialmente uma análise descritiva da população estudada a partir do cálculo de medidas de tendência central e dispersão para variáveis contínuas e de frequência para variáveis categóricas. A associação das variáveis dependentes com as variáveis explicativas foi investigada através da estimativa das odds ratio (OR) simples e ajustadas. A significância estatística foi avaliada através do teste de Tukey (ANOVA). Verificaram-se maiores percentuais de homens (76,62%), com idade entre 60 e 73 anos (87,4%), sem companheiro(a) (64,35%), com ensino fundamental (67,59%), desempregados (32,87%) e em tratamento entre 1 e 5 anos (69,21%). As drogas de maior uso foram: o álcool, a maconha, o crack e a cocaína. Evidencia-se necessidade de maior conhecimento sobre dependência química na terceira idade e uso de estratégias e aplicação de instrumentos que facilitem a identificação precoce desses usuários.

DOI: http://dx.doi.org/10.16891/2317-434X.v9.e2.a2021.pp1147-1157a