COVID-19 NA GESTANTE E PREMATURIDADE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Resumo

Informações sobre os efeitos e riscos da COVID-19 durante a gravidez ainda são pouco conclusivas. Estudos mostram que o desenvolvimento de sintomas graves pode acarretar o parto prematuro. O objetivo do estudo foi reunir evidências científicas sobre a COVID-19 na gestante, buscando entender melhor sua relação com a prematuridade e as possíveis complicações no neonato. Trata-se de uma revisão integrativa com abordagens descritivas e qualitativas, realizada nas bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus, Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, SciELO, Cochrane Library, e, na literatura cinzenta, por meio do Google Scholar, utilizando as seguintes estratégias de pesquisa: “Premature Birth” AND “Risk Factor” AND “SARS-CoV-2”, e, “Premature Birth” AND “Risk Factor” AND “COVID-19”. Como critérios de inclusão consideraram-se: artigos experimentais, quase experimentais e não experimentais, publicados entre os anos de 2020 e 2022, nos idiomas inglês, português ou espanhol, em periódicos com fator de impacto maior ou igual a um. Foram incluídos 14 estudos: sete estudos de coorte, três casos-controle, um estudo observacional multicêntrico e três revisões sistemáticas, sendo duas com metanálise. Na forma grave da doença, o aumento do número de nascimentos prematuros foi relatado em doze estudos, a prevalência de cesariana foi observada em cinco estudos, além de complicações como eclâmpsia e pré-eclâmpsia, entre outras. Os achados indicam que a COVID-19 durante a gravidez pode acarretar complicações e parto prematuro, reforçando a importância do acompanhamento e de cuidados multidisciplinares da gestante e do lactente. Espera-se que esta revisão possa contribuir para a prática clínica baseada em evidências.