A DISBIOSE DA MICROBIOTA SUBGENGIVAL E O PARTO PREMATURO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2405Resumo
O mecanismo de associação entre periodontite e aumento do risco de desfechos adversos gestacionais ainda é uma lacuna no conhecimento científico. O objetivo desta revisão sistemática foi sistematizar o conhecimento sobre a associação entre o nível de disbiose da microbiota subgengival e prematuridade. Este é um estudo do tipo transversal, caso-controle ou coorte foram elegíveis nesta revisão sistemática, pesquisada no PubMed / MEDLINE, Web of Science, SCOPUS, Scielo, Lilacs, publicado até abril de 2020. Esta pesquisa foi conduzida utilizando os descritores: "Periodontitis", "Periodontal Disease", "Oral Dysbiosis", "Oral Microbiome", "Prematurity" e "Preterm". Os desfechos foram parto prematuro ou ruptura prematura de membranas. A escala Newcastle - Ottawa foi utilizada por dois revisores independentes para avaliar a qualidade dos estudos. Como resultados, 266 estudos foram relevantes nesta revisão sistemática. Foram selecionados 59 artigos para leitura do texto completo. Os critérios de inclusão foram atendidos por dezessete estudos: nove estudos caso-controle, três estudos transversais e cinco estudo de coorte. Os achados mostraram que o aumento do risco de parto prematuro pode estar associado ao grau de disbiose periodontal, tendo como principal ação os periodontopatógenos do complexo verde, desde que estejam agrupados com os complexos vermelho e laranja. Eesta revisão sistemática indica que pode haver uma associação entre disbiose na microbiota subgengival e desfechos de prematuridade, em que se destaca a contribuição não-exclusiva dos patógenos-chave tradicionais da periodontite.