IMPACTO DAS ESTRATÉGIAS DE GAMIFICAÇÃO E SIMULAÇÃO NO ENSINO DA PATOLOGIA: UMA REVISÃO DE ESCOPO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2940

Palavras-chave:

gamificação, simulação, patologia, histologia, base de jogo

Resumo

Em um cenário educacional em constante transformação, impulsionado pela digitalização e novas metodologias de ensino, como a gamificação e a simulação, surge a questão: como essas abordagens estão sendo adequadamente aplicadas no ensino de disciplinas fundamentais da saúde, como a patologia, para atender às necessidades de estudantes nativos digitais e promover uma educação mais envolvente e eficaz?  Esta revisão de escopo tem como objetivo mapear na literatura o impacto das estratégias de gamificação e simulação no ensino da patologia para estudantes da área da saúde. A pesquisa foi conduzida em cinco etapas, incluindo formulação da questão norteadora de pesquisa, identificação e seleção dos estudos relevantes, mapeamento dos dados, coleta e descrição dos achados, e divulgação dos resultados. A análise revelou uma lacuna na produção de pesquisas sobre o tema, com predominância de estudos focados na formação médica. Destaca-se a necessidade de considerar outras graduações da área da saúde, evidenciando a desigualdade na oferta e distribuição de ferramentas de gamificação no ensino da patologia. Os resultados apontam para uma prevalência do uso do Kahoot! como ferramenta de gamificação, seguido por estratégias inovadoras como simulação e realidade virtual. Além disso, foram identificados projetos de extensão que visam estabelecer uma conexão entre a academia e a sociedade, reforçando conceitos acadêmicos de forma acessível. Em conclusão, este estudo destaca a necessidade de desenvolvimento contínuo de novas estratégias no ensino da patologia, visando promover uma educação mais eficaz e engajadora para os estudantes da área da saúde.

Biografia do Autor

Luiza Muller, Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo

Graduanda em Enfermagem pela Unifesp, participa do projeto de extensão "Clube do saber", faz iniciação científica com bolsa PIBIT na área de educação em saúde.

Andressa Germano da Silva, Departamento de Patologia da Universidade Federal de São Paulo, São Paulo-SP

Doutoranda e Mestra em Ciências pelo Departamento de Patologia - Unifesp/EPM, Especialista em Citologia Clínica. Graduada em Ciências Biológicas. Empreendedora no setor de Anatomia Patológica: desenvolvimento de produtos, responsável técnica, assessoria científica, treinamento de equipe, desenvolvimento de negócios, criação de conteúdo para HistoLives Educação em Anatomia Patológica (YouTube).

Daniel Araki Ribeiro , Departamento de Patologia Universidade Federal de São Paulo, Santos-SP

Professor Titular Livre-Docente do Departamento de Biociências da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Atualmente, é Coordenador de Pos-graduação da Pro-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (ProPGPq-UNIFESP). Foi Chefe do Departamento de Biociências (2020-2024) e Coordenador de Programas e Projetos Internacionais da ProPGPq (2023-2024). Coordenou a Câmara de Pesquisa e Pós-graduação (2010-2011). Também coordenou o Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde por dois mandatos consecutivos (2012-2018). É membro da World Academy of Sciences. Foi destaque tanto na carreira de Pesquisador como na produção cientifica dos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022 tendo sido eleito um dos pesquisadores mais influentes do mundo na área em que atua, segundo levantamentos realizados pela Revista PLOS Biology, Elsevier database e Stanford University. Também foi destaque no Top Scientists Latin America, promovido pelo AD Scientific Index em 2021, 2022 e 2023. Consultor da CAPES nas áreas de Biotecnologia e Interdisciplinar. É o docente responsável pela disciplina de Patologia Geral para os Cursos de graduação em Educação Física, Fisioterapia e Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional . Possui índice H = 54 (Google Scholar) e H=39 (Scopus) com mais de 400 artigos científicos publicados e ~10,000 citações na literatura.

Camilo de Lellis Santos , Laboratório de Experimentação e Educação em Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo, Diadema-SP

Professor Adjunto da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-Diadema), possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e doutorado em Ciências (Fisiologia Humana) pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Desenvolveu projeto de pós-doutorado no ICB-USP e na Université Laval no Canadá, onde estudou o efeito de extratos polifenólicos e compostos bioativos sobre a secreção de insulina, ação da insulina nos tecidos periféricos e processos inflamatórios em doenças metabólicas. Possui expertise em regulação neuroendócrina e mecanismos moleculares de ação dos glicocorticoides em ilhotas pancreáticas. Atualmente, coordena o Laboratório de Experimentação e Educação em Fisiologia (LExEF), um grupo de pesquisa focado no desenvolvimento e investigação de metodologias de aprendizagem ativa e tecnologias educacionais no ensino sobre o corpo humano. Suas pesquisas se concentram em ciências da aprendizagem, metodologias de aprendizagem ativa no ensino de biologia, experimentação científica mediada por smartphones, bem como educação para prevenção de obesidade e comorbidades. É Coordenador de Internacionalização da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UNIFESP. Coordenador da Comissão de Ensino da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), e membro das Comissões de Ensino da Sociedade Brasileira de Fisiologia e American Physiological Society.

André Luiz Brandão, Centro de Matemática, Computação e Cognição da Universidade Federal do ABC, Santo André-SP

Se formou em Ciência da Computação - Bacharelado - na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Concluiu seu mestrado (2006), na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutorado (2013), na Universidade Federal Fluminense (UFF), ambos na área de Ciência da Computação. Por sua tese de doutorado recebeu Primeiro Lugar na Melhor Tese de Doutorado na Categoria Inovação Técnica do XIII Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital (SBGames 2014). Durante o doutorado, realizou período de pesquisas no Deutsches Forschungszentrum für Künstliche Intelligenz (DFKI), em Kaiserslautern, Alemanha. Ainda como aluno da UFF, criou a iniciativa Jecripe (jecripe.wordpress.com) que tem como objetivo desenvolver jogos para pessoas especiais e já conta com aplicações disponíveis para download gratuitamente. Recebeu o Prêmio de Cultura - Categoria Novas Mídias, Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro (2011), Prêmio Tecnologia Cidadã Melhor Projeto de Inclusão para Pessoas com TDG - Jogo de Estímulo a Crianças com Síndrome de Down em Idade Pré-escolar, Prefeitura de Guarulhos (2012) e vencedor do Falling Walls Lab 2015 São Paulo - 1st Place for Breaking the wall of Helping people with games. Ingressou na UFABC, como professor adjunto, em 2014, integrando o curso de Bacharelado em Ciência da Computação. Na UFABC, foi Vice-Chefe da Assessoria de Relações Internacionais (ARI) entre 2017 e 2018, foi Coordenador do Núcleo de Tecnologias Educacionais (NTE), em 2018 que, posteriormente, tornou-se Núcleo Educacional de Tecnologias e Línguas (Netel), onde continuou a coordenar até 2021. Em 2022, atuou na posição de Substituto Eventual da Chefia da Divisão de Idiomas do Netel. Atualmente, é líder do Grupo de Pesquisa EITA - Entretenimento, Educação, Interação e Tecnologias Aplicadas (eita.pesquisa.ufabc.edu.br). As áreas de interesse são: Interação Humano-Computador, Informática na Educação e Jogos Digitais.

Andréa Cristina de Moraes Malinverni, Laboratório de Patologia Molecular e Experimental 1, Departamento de Patologia da Universidade Federal de São Paulo, São Paulo-SP

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1991), aprimoramento e especialização em Citogenética Humana, Departamento de Genética -FCM/UNICAMP (1991-1993), Fellow - Reproductive Human Institute, Illinois Masonic Medical Center Chicago (1998), e doutorado em Ciências, Departamento de Patologia - Universidade Federal de São Paulo/EPM (2003). Vinte anos de experiência em Laboratório de Citogenética Humana com ênfase em cultura de células, análise de cariótipos de abortamentos, líquido amniótico, vilosidade coriônica, sangue periférico e citogenética molecular. 2003 a julho de 2014 atuou como diretora, gestora laboratorial e científica em laboratório privado e, a partir de agosto de 2014 passou a dedicar-se tempo integral à Universidade, atualizando-se na área de Genética e Patologia Molecular no Departamento de Patologia e Disciplina de Genética, UNIFESP/EPM. Em 2018 finalizou o pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Patologia - EPM/UNIFESP e, em 2024 finalizou o segundo pós-doutorado do Programa de Pós Doc Nacional da CAPES (PNPD). Além disso, recebeu o Título de Professor Afiliado pela Congregação da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP) em junho/2018 e março/2022. Atualmente, é professora adjunta no Departamento de Patologia, Disciplina de Patologia Investigativa, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP), pesquisadora e orientadora permanente no Programa de Pós-Graduação em Patologia do Departamento de Patologia, EPM/UNIFESP, coordenadora Lato Sensu e Membro relator do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP-UNIFESP.

Downloads

Publicado

2025-12-13

Como Citar

Muller, L., Silva, A. G. da, Ribeiro , D. A., Santos , C. de L., Brandão, A. L., & Malinverni, A. C. de M. (2025). IMPACTO DAS ESTRATÉGIAS DE GAMIFICAÇÃO E SIMULAÇÃO NO ENSINO DA PATOLOGIA: UMA REVISÃO DE ESCOPO. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 13(3), 6149–6159. https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e3.a2025.id2940

Edição

Seção

Artigos