MODOS DE VIDA LGBT NO CARIRI CEARENSE: NAS TRILHAS DA PESQUISA
DOI:
https://doi.org/10.16891/371Resumo
Tal pesquisa apresenta-se como uma tentativa de ampliação das perspectivas sobre o ser humano, no rastro de compreender a complexidade das experiências de sujeitos que borram as fronteiras dos gêneros. Objetiva-se compreender a produção de performatividades de gênero e as experimentações da sexualidade no Cariri Cearense. Baseando-se numa Perspectiva discursivo-descontrucionista, recorre-se também aos estudos pós-estruturalistas de base foucaultiana, presente nos debates pós-modernos, além da relação com as teorizações queer; utilizando-se para produção de dados forte inclinação cartográfica. Sendo este estudo advindo do projeto de Iniciação Científica intitulado Corpo, Gênero e Sexualidade: cartografando modos de vida LGBT no Cariri Cearense desenvolvido junto ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica – PIBICT do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio. Diante disso, aponta-se para os resultados iniciais, tendo-se relatos personificados em discursos em posicionamentos diante da vida. Tais pessoas, a partir de seus territórios, posições ou performances transcritas pelos (trans)movimentos revelam um mundo construído a partir do prazer e do desejo da transformação de um corpo que transita. Portanto, tais modos de vida possibilitam perceber as movimentações, estilos e novas possibilidades.Referências
BENTO, B. O que é a transexualidade. São Paulo, SP: Brasiliense, 2008.
BUTLER, J. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do sexo. In G. L. LOURO (Org.), O corpo educado: pedagogias da sexualidade (pp. 151-161). Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
FISCHER, R. M. B. Foucault e a análise do discurso em educação. Cadernos de Pesquisa, Porto Alegre, n. 114, p. 197-223, 2001.
FONSECA, T. M. G.; NASCIMENTO, M. L.; MARASCHIN, C. (Orgs.). Pesquisar na
diferença: um abecedário. Porto Alegre: Sulina, 2012.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Tradução de MACHADO, R., 6ª ed., Rio de Janeiro: Graal, 1993.J
GOELLNER, S. V. A produção cultural do corpo. In LOURO, G. L.; FELIPE, J.; GOELLNER, S. V. (Orgs.), Corpo, Gênero e Sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 8ª ed., p. 28-40, Petrópolis: Vozes, 2012.
HARAWAY, D. “Gênero” para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra. Cadernos Pagu, v.22, p.201-246, 2004.
LAURETIS, T. A tecnologia do gênero. In: HOLANDA, H. B. (org.), O feminismo como crítica cultural, pp. 206-242. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
LOURO, G, L. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e a teoria Queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
PETERS, M. Pós-estruturalismo e filosofia da diferença. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
ROLNIK, S. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.
SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Julho/dezembro v. 20, n.2, p. 71-99, Porto Alegre: Educ. e Realid., 1995.
SILVA, T. T. (org.), HALL, S.; WOODWARD, K. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais, 7ª ed., Petrópolis: Vozes, 2007.
TEDESCO, S. H.; SADE, C.; CALIMAN, L. V. A entrevista na pesquisa cartográfica: a experiência do dizer. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; TEDESCO, S. H. (Orgs). Pistas do método da cartografia: experiência e plano comum. v. 2, Porto Alegre: Sulina, 2014.
TOSTA, A. L. Z.; DALTIO, D. A. O corpo educado e os corpos abandonados: Gênero, Educação, Currículo e exclusão dos corpos sem consistência. In: Rodrigues, A.; BARRETO, M. A. C. (Orgs.), Currículos, gênero e sexualidades: experiências misturadas e compartilhadas (pp. 217-31). Vitória: Edufes, 2012.