POVOS INDÍGENAS EM RISCO: PREVALÊNCIA ÉTNICA E REGIONAL DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR NO BRASIL

Autores

  • Thalya Gonçalves Lôbo do Nascimento Universidade Federal do Cariri
  • Pedro Walisson Gomes Feitosa Universidade Federal do Cariri
  • Ana Bárbara Xavier Luciano Lucena Universidade Federal do Cariri
  • Jacyanne Gino Vieira Universidade Federal do Cariri
  • Ítalo Constancio de Oliveira Universidade Federal do Cariri
  • Sally de França Lacerda Pinheiro Universidade Federal do Cariri

DOI:

https://doi.org/10.16891/865

Resumo

A leishmaniose tegumentar (LT) é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania, que provoca lesões na pele e mucosas. Este artigo objetiva descrever o cenário epidemiológico e a evolução das ocorrências de Leishmaniose Tegumentar na população geral e em povos indígenas no ano de 2017, no Brasil. Trata-se de um estudo de caráter transversal e retrospectivo realizado no ano de 2020, que utilizou os dados de notificações de Leishmaniose Tegumentar do Sistema de Informações de Agravos e Notificações do ano de 2017 por mês de notificação. Os dados foram tabulados em planilhas do programa Microsoft Excel® e organizados em gráficos e tabelas, e posteriormente discutidos através da literatura encontrada em artigos disponíveis nas bases de dados Medline e Scopus selecionados por ano 2015-2020, usando como palavras-chaves ““Leishmaniose Tegumentar” OR “Indígenas” OR “Brasil” OR “Epidemiologia” OR “Saúde-doença” OR “Vigilância epidemiológica”. A prevalência das notificações foi referida segundo o gênero, estado de residência, região, mês de notificação e evolução dos casos. Durante este período, foram notificados 18.466 casos da patologia no Brasil, sendo 45,3% na região Norte, 24,5% no Nordeste, 11,2% no Sudeste, 1,4% no Sul e 14,3% no Centro-Oeste. Em grupos indígenas, 654 casos foram registrados no Brasil, sendo mais de 50% na região Norte, enquanto a região Sul não notificou ocorrências. Refere-se que o mês de janeiro destaca-se com 11% das ocorrências na população geral e o mês de novembro, também com 11%, entre os grupos indígenas. Na população geral, o estado do Pará lidera com 3.274 notificações, enquanto o Maranhão apresenta supremacia das ocorrências em índios, com 246 casos. Além disso, verifica-se que mais de 72% dos casos, na população geral, ocorreram em homens. Enquanto, em índios, são 66% dos casos no sexo masculino. O artigo constata a alta prevalência relativa de ocorrências da patologia entre indígenas no Brasil e a persistente deficiência no monitoramento da saúde dessas populações.

 

DOI: 10.16891/2317-434X.v9.e1.a2021.pp862-870

 

Biografia do Autor

Thalya Gonçalves Lôbo do Nascimento, Universidade Federal do Cariri

Aluna da Universidade Federal do Cariri, UFCA, curso Medicina.

Pedro Walisson Gomes Feitosa, Universidade Federal do Cariri

Aluno da Universidade Federal do Cariri, UFCA, curso Medicina.

Ana Bárbara Xavier Luciano Lucena, Universidade Federal do Cariri

Aluna da Universidade Federal do Cariri, UFCA, curso Medicina.

Jacyanne Gino Vieira, Universidade Federal do Cariri

Aluna da Universidade Federal do Cariri, UFCA, curso Medicina.

Ítalo Constancio de Oliveira, Universidade Federal do Cariri

Aluno da Universidade Federal do Cariri, UFCA, curso Medicina.

Sally de França Lacerda Pinheiro, Universidade Federal do Cariri

Professora da Universidade Federal do Cariri, UFCA, curso Medicina.

Downloads

Publicado

2020-12-23

Como Citar

Gonçalves Lôbo do Nascimento, T., Gomes Feitosa, P. W., Xavier Luciano Lucena, A. B., Gino Vieira, J., Constancio de Oliveira, Ítalo, & de França Lacerda Pinheiro, S. (2020). POVOS INDÍGENAS EM RISCO: PREVALÊNCIA ÉTNICA E REGIONAL DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR NO BRASIL. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 9(1), 862–870. https://doi.org/10.16891/865

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)