AVALIAÇÃO DO ASSOALHO PÉLVICO DE GESTANTES E PUÉRPERAS ATRAVÉS DA ULTRASONOGRAFIA TRANSPERINEAL E DA ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFÍCIE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.16891/2317-434X.v12.e4.a2024.pp4926-4940Palavras-chave:
GravidezResumo
A gravidez pode causar danos ao assoalho pélvico (AP), aumentando a atividade do colo
vesical e resultando em um deslocamento da bexiga para baixo, que pode resultar em
incontinência urinária e prolapsos de órgãos pélvicos. Entretanto, a maioria dos profissionais
que atuam na assistência ao pré-natal, parto e pós-parto desconhece que existem exames
eficazes e seguros capazes de detectar alterações pélvicas na gravidez e após o parto.
Portanto, essa revisão visa atualizar as evidências sobre o uso da ultrassonografia
transperineal (UST) e da eletromiografia de superfície (EMGs) na avaliação do AP em
gestantes e puérperas. A seleção dos estudos publicados entre 2019 e 2024 foi realizada nas
bases Medline, PubMed, Lilacs, SciELO e Cochrane Library. Foram incluídos vinte e sete
artigos, sendo 25 estudos observacionais e 2 ensaios clínicos. Na maioria deles, os resultados
demonstram que as tecnologias são capazes de avaliar musculatura e demais estruturas da
pelve em grávidas e puérperas com segurança em todos os trimestres gestacionais e até 90
dias pós-parto. UST e EMGs, apesar de não disponíveis na assistência a gravidez e ao
puerpério do sistema único de saúde brasileiro, são ferramentas auxiliares e seguras para
avaliação do AP durante o ciclo gravídico puerperal e com potencial de permitirem o
diagnóstico precoce de alterações em componentes da pelve feminina que podem evoluir para
doenças.