REFLEXÕES SOBRE O MODELO BIOMÉDICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO CAMPO DA SAÚDE COLETIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e5.a2025.id1988

Palavras-chave:

Biopolítica, Biopoder, Saúde Coletiva

Resumo

A biomedicina está historicamente vinculada ao paradigma cartesiano, que inaugura na secularização da sociedade uma percepção fragmentada, linear e racionalista da ciência. A adoção de tal lógica no cuidado médico projeta nos indivíduos um olhar dicotômico reducionista que procura apenas enxergar o corpo biológico, ocultando o sujeito e sua complexa identidade. O objetivo deste trabalho foi discorrer sobre as implicações do paradigma biomédico e suas normativas no campo da saúde coletiva. Foi realizada uma revisão narrativa da literatura a fim de mapear e discutir o estado da arte de determinado assunto. O modelo médico convencional desempenha um caráter hegemônico, suprimindo quaisquer outros modos de pensar e fazer saúde, senão o biomédico, firma-se uma relação de poder de um regime disciplinar que projeta uma sociedade passiva, incapaz e ilegítima de atuar e saber de seus próprios processos de saúde e doença. Estabelece-se um campo de disputa pelo exercício do cuidado, e emerge em paradigmas alternativos uma proposta urgente de incorporar e articular dimensões subjetivas e socioculturais em saúde, articulando distintas dimensões na percepção de experiências singulares e não universais.

Biografia do Autor

Milena Registro, Universidade Estadual Paulista

Bacharel em Antropologia pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA); Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina (UEL); Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Gabriel Pinheiro Elias , Universidade Estadual de Londrina

Psicólogo pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR); Especialista em Saúde da Família pelo programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana (AMS/PR); Mestre e Doutorando em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Maria Eduarda Romanin Seti, Universidade Estadual de Londrina

Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Londrina; Especialista em Saúde da Família pela Universidade Estadual de Londrina; Mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina; Doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina.

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Publicado

2025-04-16

Como Citar

Registro, M., Pinheiro Elias , G., & Romanin Seti, M. E. (2025). REFLEXÕES SOBRE O MODELO BIOMÉDICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO CAMPO DA SAÚDE COLETIVA. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 13(1), 5061–5069. https://doi.org/10.16891/2317-434X.v13.e5.a2025.id1988

Edição

Seção

Artigos